Empresas responsáveis à luz da Bíblia – Portal Espiritismo com Kardec – ECK

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Conceitos como negócios, empreendedorismo, empresários e mercado têm se tornado cada vez mais populares nas redes sociais. O mundo dos negócios envolve noções administrativas, financeiras, jurídicas e comerciais e, na contemporaneidade, recebe outros aportes conceituais e ideológicos, tanto para o alcance de um maior número de consumidores quanto para associar a marca a valores culturais, morais e espirituais.

Nesta linha, um novo movimento intitulado Empresas Biblicamente Responsáveis (EBR) identifica empreendimentos que buscam alinhar suas práticas empresariais, de gestão e cultura organizacional com valores e princípios presentes nas Sagradas Escrituras. Essa postura pode representar a redefinição dos produtos e serviços ofertados, o impacto social das atividades, a preocupação com o ser humano e o meio ambiente, a forma de tratar clientes, parceiros e funcionários, os investimentos dos lucros auferidos e a participação em causas sociais.

Estudiosos e especialistas apontam os seguintes princípios para as EBRs:

  1. Equidade e inclusão: respeito à diversidade e combate às discriminações e preconceitos.
  2. Integridade e honestidade: transparência nas ações, combate ao marketing enganoso, ética nas relações contratuais e nas finanças.
  3. Ênfase ao Propósito Negocial: transformação individual e coletiva que vai além do mero lucro.
  4. Responsabilidade Ambiental: consumo consciente e promoção da sustentabilidade.
  5. Contribuição Social e Generosidade: promoção de ações sociais, apoio a causas de misericórdia e justiça, e investimento em comunidades e pessoas vulneráveis.
  6. Justiça e Tratamento Digno ao Trabalhador: valorização dos talentos, reconhecimento de habilidades, melhores salários e condições dignas de trabalho.

Preocupações éticas

Considerando que, segundo dados recentes do Censo 2022, 86% da população nacional é autodeclarada cristã e que pelo menos 30% dos brasileiros associa a fé pessoal às escolhas profissionais, é natural que empresas com esse “selo” alcancem um público considerável e possam se destacar em mercados competitivos.

Porém, há preocupações éticas que merecem reflexão contínua:

  • A oferta de produtos e serviços não deve configurar proselitismo religioso;
  • Empregados, fornecedores e clientes não podem ser cooptados para igrejas ou desqualificados por terem crenças diferentes;
  • A crença religiosa não deve simbolizar um monopólio indireto ou disfarçado de determinado setor ou área empresarial, impondo valores em um país laico.

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